Equipamento deve estar sempre bem preso à cabeça. Na hora da compra, é preferível escolher um que pareça até menor que o tamanho da cabeça
Os motociclistas são as principais vítimas de acidente de trânsito. A motocicleta foi o veículo que gerou o maior número de indenizações pagas pelo Seguro DPVAT de janeiro a setembro de 2014. Segundo dados do Boletim Estatístico DPVAT, a moto concentrou 76% das indenizações pagas no período, apesar de representar apenas 27% da frota nacional.
O capacete é o principal equipamento de segurança do motociclista. Seu uso é obrigatório, seja qual for o tamanho, peso ou potência da motocicleta. Andar sem capacete é infração gravíssima, rende sete pontos e suspensão da carteira de motorista. Para que realmente cumpra seu papel de proteger o crânio, é preciso que seja usado corretamente. Apenas colocá-lo na cabeça não é suficiente para garantir que, em caso de acidente, danos físicos na região craniana sejam evitados ou minimizados.
O capacete tem de ter a base seguindo a linha do queixo. Além disso, a principal regra é a fixação justa à cabeça, que é feita por meio da chamada cinta jugular, que nunca pode estar frouxa. Ela deve ser ajustada de forma que fique totalmente em contato com a parte inferior do maxilar e esteja bem afivelada, para que o equipamento fique realmente bem preso. Caso contrário, a chance do capacete sair da cabeça em caso de impacto é muito grande.
Capacete deve ficar justo à cabeça
O capacete não pode ficar folgado na cabeça. Por isso, na hora da compra, deve-se escolher um modelo que pareça até menor do que a cabeça. Com pouco tempo de uso, a espuma da forração vai ceder o necessário para que o equipamento se mantenha bem encaixado, mas confortável.
Modelos fechados de capacete, também chamados de “integrais”, são mais seguros do que os abertos, já que esse último não têm proteção para o queixo. No entanto, se for para ser utilizado na cidade, em baixas velocidades, em vias que não sejam de trânsito rápido, os modelos abertos podem ser utilizados e cumprem bem a função de proteger o crânio.
Viseira sempre limpa e baixada
Os capacetes – tanto abertos quanto fechados – devem ser equipados com viseira. As escuras ou metalizadas somente podem ser utilizadas no período diurno. À noite, só são permitidas viseiras transparentes.
Caso o capacete não tenha viseira, o motociclista precisa usar óculos de proteção, como os dos pilotos em competições de motocross, por exemplo. E não adianta o capacete ter viseira se ela nunca é baixada durante o uso. Além de uma infração de trânsito (gera multa e perda de três pontos na carteira de habilitação), rodar com a viseira levantada é um risco grande de lesão ou dificuldade de visão para o motoqueiro.
Sempre trocar em caso de acidente
A hora certa de trocar o capacete é quando a consistência do forro já não é mais a mesma de quando foi comprado. Por exemplo, se ele estiver apresentando folga na lateral ou o forro tiver mole e ele já não se encaixar perfeitamente à cabeça. Também é importante ter em mente que, em caso de acidente de trânsito, sempre é preciso trocar o capacete, ainda que ele seja novo.