Técnica corrige riscos, trincados e amassados do veículo sem deixar marcas disformes de tinta
Um risco grande ou mesmo um amassado no para-choque pode ser um aborrecimento ao proprietário do veículo. Mas, para tudo há conserto, e de preferência que não deixe marcas na pintura. Alcançar a cor exata para que a pintura seja perfeita é sempre um desafio aos profissionais que necessitam repintar um veículo. Para isso, equipamentos modernos e específicos são necessários, além de noções de combinação das cores e, principalmente, manter os olhos bem atentos ao trabalho de repintura.
Uma das novidades para este tipo de trabalho é a técnica que permite pintar apenas os riscos e não o carro todo ou parte do automóvel. O espectrofotômetro – um equipamento de leitura da pigmentação do veículo – permite o diagnóstico exato da cor aplicada na lataria. Assim, é possível misturar cada componente da tinta de forma que o resultado seja exatamente a tonalidade original de fábrica.
Ponto fundamental da reprodução de uma cor, a compreensão dos processos de como são desenvolvidas faz toda a diferença na hora aplica-las ao veículo. A repintura começa com a análise dos componentes da cor de um carro, para verificar, por exemplo, se a cor é metálica ou perolizada.
A cor metálica aparenta refletir a luz, como um espelho. Já a perolizada tem como característica alterar a tonalidade conforme o ângulo de visão. O espectrofotômetro, permite fazer o cálculo da chamada curva de cor, pois fornece as quantidades e as combinações de cores que devem ser utilizadas para desenvolver a corda repintura, de acordo com a cor original.
Utilizar tintas à base d´água evita que a pintura deixe qualquer marca na lataria e ainda agilizar a secagem. Por esse processo, apenas a área danificada é recuperada, diminuindo assim o tempo e o custo do serviço. A técnica pode ser aplicada a qualquer modelos de veículo. O cliente paga de acordo com o grau do dano, não de acordo com o modelo do veículo.
Para assegurar de que não existem diferenças na tonalidade de cor do carro, ela é observada em diversos ângulos com o espectrofotômetro multiangular (25°, 45° e 75°). Se houver alguma diferença na cor, é feita uma nova mistura para que as pérolas, alumínio e pigmentos possam corrigir a diferença observada.
Camadas e polimento
Nas pinturas originais da maioria dos carros que estão em circulação hoje segue a estrutura: chapa metálica (carroceria), tratamento antioxidante (duas camadas), camada intermediária (primer, aquela que parece uma tinta sem brilho), base metálica (tinta) e verniz.
O polimento é uma técnica de acabamento em serviços de reparação, que ativa o brilho e elimina imperfeições como o acúmulo de materiais resultantes do processo de pintura, pois, quando se faz o polimento, retira-se uma camada muito fina do verniz, fazendo que os pequenos arranhões e imperfeições, que não ultrapassaram sua espessura, sejam retirados.
O polimento só é necessário em processos de repintura e retoque, já que a técnica é capaz de retirar pequenas sujeiras da pintura, eliminar escorridos ocasionados no momento da aplicação do verniz, igualar a textura e o brilho na junção da emenda.
É possível também polir o veículo sempre que houver necessidade de realçar o brilho ou eliminar riscos com pequenas profundidades na carroceria. Mas, é preciso ter em mente que, ao fazer o polimento, há uma diminuição do verniz, o que pode resultar em uma diminuição considerável dessa película, a ponto de não ser suficiente para proteger e dar o brilho desejado. A consequencia é a queima da pintura. Neste caso, é necessário repintar todo o veículo.