Eliminar pequenos defeitos no carro evita prejuízos no futuro

A manutenção preventiva é sempre mais simples e barata do que o conserto de um carro. Com o tempo, um probleminha pode virar um problemão e encarecer o orçamento

reparasjon

Problemas que parecem simples e pequenos, podem se transformar em um enorme abacaxi quando não recebem a devida atenção no tempo certo. Itens de segurança, como pneus e freios precisam ser verificados regularmente, para diminuir o risco de acidentes e o valor da conta do conserto.

Rodar com problemas nos freios, por exemplo, pode trazer grandes consequências, que muitas vezes poderiam ter sido evitadas com a simples troca das pastilhas. Da mesma forma, rodar com alguma farol queimado, além de infração que gera multa e pontos na carteira de habilitação, pode contribuir para um grave acidente, já que, no trânsito, ver e ser visto é uma premissa.

Os pneus também são itens que influenciam diretamente na segurança do veículo. Não é novidade que rodar com pneus carecas é perigoso. Mesmo assim, é possível ver nas ruas quem se arrisque rodando por aí com pneus gastos. Para aumentar sua durabilidade, é recomendável realizar periodicamente o rodízio dos pneus. Alinhamento e balanceamento também contribuem para a prolongar a vida útil dos pneus. Mas, quando eles atingirem o limite de desgaste, não tem jeito, é hora de trocá-los. (Leia mais sobre pneus)

Palhetas em bom estado e água no reservatório para limpar o parabrisa é fundamental. Mas conferir o estado da borracha do limpador de parabrisa não é uma ação muito comum. Muitos motoristas só se lembram dela quando, devido ao seu ressecamento, o vidro é riscado, o que acaba por comprometer a visibilidade do motorista. A troca da palheta muitas vezes não chega a 10% do valor de um parabrisa novo. Então, fazer essa verificação de vez acaba saindo bem mais em conta.

Correia dentada deve ser trocada a cada 50 mil km

correia dentadaResponsável pela conexão dos eixos comandos de válvulas com o virabrequim, a correia dentada faz a sincronia entre a abertura e fechamento das válvulas (tanto as de admissão como as de exaustão). Mas, quando ela se rompe, a movimentação das válvulas fica desordenada e elas podem vir a se chocar com os pistões. Se isso ocorrer, o carro não anda.

O proprietário do carro pode evitar que essa situação aconteça trocando a correia a cada 50 mil km (quilometragem definida pela maior parte das montadoras). Pois para consertar será preciso uma retífica do cabeçote do motor: é necessário substituir as válvulas e guias danificadas, refazer suas sedes (local onde elas são alojadas), com o intuito de garantir o correto assentamento e evitar a passagem de óleo para as câmaras de combustão, ou seja, um processo bem mais trabalhoso e caro.

Falta de lubrificação pode fundir o motor

nível óleoO lubrificante é fundamental para o funcionamento do motor. Não trocá-lo dentro do prazo, pode danificar diversas peças e reduzir o tempo de vida útil. Se o óleo estiver velho (mais de um ano no motor) ou muito abaixo do nível mínimo apontado pela vareta, ele perde suas funções. Dessa forma, não irá lubrificar, limpar, proteger e ajudar na refrigeração do propulsor. Assim, o funcionamento e o tempo de vida útil ficam comprometidos.

O motor pode inclusive fundir e, nesse caso, os gastos serão de alguns mil reais. Para não correr esse risco, o melhor é sempre verificar o nível do óleo e fazer a substituição dentro do prazo determinado pela montadora. Embora não seja recomendado, completar o óleo (desde que seja da mesma origem do utilizado, mineral ou sintético) é melhor do que rodar com pouco lubrificante. O filtro de óleo é igualmente importante. Sua troca deve ser no mínimo intercalada com a do lubrificante.

óleo motorDa mesma forma, a água é outro item fundamental para o funcionamento do propulsor, mas muitas vezes sua verificação acaba sendo negligenciada. A falta de água é uma das principais causas de motores fundidos. Sem água e fluido, a junta do cabeçote queima e, se o veículo continuar rodando, o motor funde. Por isso, o ideal é que o nível da água seja verificado pelo menos uma vez ao mês. E, lembrando que a água precisa de fluídos.

Farol desregulado pode render multa e pontos na carteira

Bom estado dos faróis e conservação das lâmpadas são essenciais para a segurança dos motoristas nas vias

farolAs vias com pavimento irregular, esburacadas são as grandes vilãs da regulagem dos faróis. Tanto a luz baixa como a alta têm por objetivo iluminar o caminho. Para que esse propósito seja alcançado, o bom estado dos faróis e a conservação das lâmpadas merecem atenção especial para a segurança dos motoristas, e ainda evitam multas e acidentes.

Dirigir com o facho de luz alta prejudica a visão de outros motoristas e é considerado infração grave. O farol alto geralmente só é utilizado em vias sem iluminação ou no caso de situações emergenciais. Ainda assim, ao encontrar com outro veículo, deve-se passar para o farol baixo. Este último é o mais recomendado nas vias, por não provocar irritação aos olhos dos outros condutores ou pedestres. Seu uso é recomendado inclusive durante o dia.

Farol desregulado é infração

farol-acesoUm farol desregulado não ilumina adequadamente a via e também pode causar ofuscamento e perda de visão momentânea no motorista do veículo que transita no sentido contrário. Trafegar com o farol desregulado, cujo facho de luz alta prejudica a visão dos outros motoristas, é uma infração grave. O valor da multa é R$ 127,69, além de cinco pontos na carteira do condutor. Além disso, o veículo pode ficar retido até ser regularizado. Todas as lâmpadas das lanternas devem estar funcionando corretamente. A multa para o condutor que circula com qualquer dos faróis queimados é de R$ 86,13, com perda de quatro pontos na carteira de habilitação.

Uma forma de verificar se o equipamento está desregulado é se atentar ao facho de luz emitido pelo carro ao transitar pelas ruas. Ele precisa estar em formato de ‘L’, com leve desvio à direita, para não atrapalhar a visão de quem transita em sentido contrário. É possível também fazer essa verificação afastando o carro da parede da garagem, em linha reta, notando se o facho de luz se mantém na mesma linha ou vai para baixo, conforme o carro se afasta. Se se mover para cima, algo está errado. Além disso, os dois fachos devem estar alinhados e um não pode estar mais alto do que o outro.

farol traseiraA regulagem do farol pode ser feita em oficinas ou até mesmo em casa. Mas é preciso cuidado, porque os parafusos que movimentam o facho de luz são frágeis e contém uma folga para subir ou descer cerca de cinco graus. Portanto, se for preciso girar demais, é sinal de que alguma peça pode ter se quebrado.

Uso de lâmpada errada reduz durabilidade da bateria

Outro detalhe fundamental para não comprometer o sistema elétrico do veículo é utilizar apenas lâmpadas compatíveis com a capacidade determinada pela montadora do e permitida por lei, que são as de 60W para o farol alto e de 55W para o farol baixo. É preciso cuidado com lâmpadas mais fortes, pois podem derreter componentes do farol, sobrecarregar toda a parte elétrica e causar superaquecimento da fiação, queima de fusíveis e redução da durabilidade da bateria.

Tipos de faróis

• Luz de posição
Serve tanto para indicar a presença quanto para sinalizar aos outros motoristas qual é a largura do veículo.

• Luz baixa
É o farol mais usado à noite. Serve para iluminar a via à frente do veículo, mas com um alcance e intensidade calculados para não provocar ofuscamento ou desconforto aos motoristas que vêm na direção contrária – nem aos que seguem à frente (ao olharem pelo retrovisor).

• Luz alta
farol-2O “farol alto” é utilizado para iluminar a via a uma longa distância à frente. É bastante útil em estradas sem iluminação. Mas não pode ser usado ao cruzar com outro veículo ou segui-lo, justamente para não “cegar” o outro motorista.

• Farol de neblina
É um opcional do carro. O objetivo é melhorar a visibilidade do motorista em caso de neblina, tempestade ou nuvem de poeira. Ele fica posicionado abaixo dos faróis, e serve para iluminar as faixas pintadas no pavimento e os “olhos de gato” instalados no asfalto – sinalizações que servem como referência para o motorista em situações de pouca visibilidade.

• Farol de milha
Outro item opcional, tem facho de luz concentrado e de alta intensidade, é utilizado para potencializar a iluminação a distância, assim como acontece com a luz alta. Por isso, deve ser usado com parcimônia, para não prejudicar a visibilidade dos outros motoristas.

Personalização de rodas, pneus e faróis: o que observar

Antes de alterar qualquer característica original do veículo, é preciso atenção ao que é permitido ou proibido pela legislação

carro customizado

Diversos itens do carro podem ser personalizados, nem todas as peças disponíveis no mercado podem ser aplicadas em qualquer veículo. Há especificações que devem ser respeitadas.

Pneus

Geralmente, quanto mais largo o pneu, mais duro ele será, e maior a estabilidade que proporciona. A escolha do tipo de pneu pelas montadoras é baseada sempre na relação conforto e estabilidade.

É possível verificar na lateral dos pneus números 175, 185 e 195. Eles estão relacionados às especificações, são as medidas das larguras. A medida ideal para o pneu leva em conta as características técnicas do automóvel. Um carro mais robusto, por exemplo, necessita de pneus mais largos.

O aumento de potência e torque também exige pneus maiores, para que a força seja transmitida ao solo sem perda de tração. Por isso, sempre que for trocar os pneus, é preciso se atentar às medidas recomendadas pelo fabricante, que estão especificadas no manual do proprietário.

Rodas

rodas-1O tipo e modelo de roda faz toda a diferença no visual do carro. No entanto, para serem substituídas, é preciso obedecer o tamanho ideal para cada tipo de carro e não deixar de prestar muita atenção nos parafusos. Isso porque, os parafusos das rodas de liga leve e os das rodas de aço são diferentes.

Isso significa que não é possível utilizar parafusos das rodas de aço nas de liga leve, nem vice-versa. Os parafusos para rodas de aço, quando usados em um jogo de rodas de liga, não as fixarão da forma correta. E o inverso também dá certo, nas rodas de aço, o parafuso maior das de liga leve pode danificar o freio.

A roda em aço é fina, por isso, o parafuso tem uma espessura normal. Já na roda de liga leve, ele deve ter uma espessura maior. Enquanto a de ferro tem cerca de três milímetros de espessura, as de liga leve tem quase dez milímetros, para que possam suportar a carga aplicada sobre elas. Por isso, os parafusos também devem ser mais compridos.

Faróis

farolOs carros podem ter farol branco-azulado graças a tecnologias substitutas do xenônio. É proibido o uso de faróis de xenon nos carros (a exceção é apenas para os veículos que saem da fábrica com esse dispositivo). No entanto, alguns motoristas, para personalizar a iluminação do veículo com uma cor branca-azulada podem utilizar as lâmpadas inovativas.

Esta tecnologia tem temperatura e cor igual a dos faróis de gás xenônio (entre 4200K e 5000K) mas não causa ofuscamento na visão dos outros condutores. É importante utilizar produtos de qualidade, para não prejudicar o sistema elétrico do automóvel. Uma dica é instalar lâmpadas de 55W ou 55/60W e não utilizar as de 100W, porque não apresentam a mesma eficiência, podem prejudicar o sistema elétrico do veículo e danificar as lentes e refletores do farol. É importante observar também o selo na embalagem do produto, que deve atestar a eficiência do farol.